SP: Uso de câmeras corporais reduz letalidade policial em 65%

São Paulo, 5 de setembro de 2025 – Um estudo inédito divulgado nesta sexta-feira revela uma redução de 65% na letalidade policial no estado de São Paulo após a implementação de câmeras corporais (bodycams) em agentes da Polícia Militar. A pesquisa, conduzida por um grupo independente de especialistas em segurança pública, analisou dados de ocorrências dos últimos dois anos, comparando o período anterior e posterior ao uso generalizado dos equipamentos.

Impacto e Transparência

O estudo destaca que a diminuição da letalidade não se limita apenas ao número de mortes decorrentes de intervenções policiais, mas também inclui uma redução significativa no uso de força não letal e no número de feridos em confrontos. Os pesquisadores atribuem o resultado à maior transparência e ao aumento do controle sobre a atuação dos policiais.

“A presença da câmera inibe tanto o uso excessivo da força por parte dos agentes quanto possíveis reações violentas por parte dos abordados”, explica a Dra. Ana Paula Mendes, coordenadora da pesquisa. “O registro audiovisual das ocorrências permite uma análise mais precisa e transparente dos eventos, o que contribui para a responsabilização em casos de abusos e para a melhoria das práticas policiais”.

Desafios e Próximos Passos

Apesar dos resultados positivos, o estudo também aponta desafios para a consolidação do programa de câmeras corporais. Entre eles, destacam-se a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura, como armazenamento e análise de dados, e a importância da capacitação dos policiais para o uso adequado dos equipamentos.

• Ampliação do programa: O governo estadual anunciou que pretende ampliar o programa de câmeras corporais para outras regiões do estado, priorizando áreas com altos índices de criminalidade e violência policial.
• Debate público: A divulgação do estudo reacendeu o debate sobre a necessidade de medidas adicionais para o controle da atividade policial e a garantia dos direitos humanos.

O impacto do estudo deve influenciar as políticas de segurança pública em outros estados, que já analisam a adoção de câmeras corporais como forma de reduzir a letalidade policial e aumentar a confiança da população nas forças de segurança.