Milícia Digital: PF deflagra operação contra ataques à democracia
Brasília – A Polícia Federal deflagrou, na manhã deste sábado (6), a Operação ‘Cyber Silêncio’, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na disseminação de notícias falsas, ataques à democracia e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades. A ação cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal.
Investigação detalha atuação da milícia digital
As investigações, que se iniciaram há seis meses, revelaram um esquema sofisticado de atuação da milícia digital. O grupo utilizava perfis falsos em redes sociais e aplicativos de mensagens para divulgar informações distorcidas e promover ataques coordenados contra seus alvos. A Polícia Federal identificou, até o momento, o envolvimento de pelo menos 15 pessoas, incluindo empresários, influenciadores digitais e hackers.
De acordo com a PF, a organização criminosa recebia financiamento de fontes ainda não totalmente identificadas, mas há indícios de que parte dos recursos vinha de doações anônimas e de empresas com interesses em pautas específicas. Os investigados responderão por crimes como organização criminosa, disseminação de notícias falsas, ameaça, incitação à violência e atentado contra o Estado Democrático de Direito.
Impacto e Repercussão
A operação da Polícia Federal ocorre em um momento de crescente preocupação com a proliferação de desinformação e ataques à democracia no país. Especialistas em direito digital e segurança pública avaliam que a ação representa um importante passo no combate a essas práticas e no fortalecimento das instituições democráticas.
- Combate à desinformação: A operação visa coibir a disseminação de notícias falsas e discursos de ódio nas redes sociais.
- Proteção das instituições: O objetivo é garantir a segurança e a integridade das instituições democráticas, como o STF e o Congresso Nacional.
- Responsabilização: Os envolvidos serão responsabilizados pelos crimes cometidos, com penas que podem chegar a vários anos de prisão.
