Cracolândia: Nova Abordagem Prioriza Moradia em SP

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (17) uma nova estratégia para lidar com a Cracolândia, focada na oferta de moradia assistida como ferramenta de reintegração social e redução do fluxo de usuários na região central da cidade. O programa, batizado de “Recomeço Lar”, prevê a disponibilização inicial de 150 vagas em repúblicas terapêuticas e apartamentos compartilhados, com acompanhamento multidisciplinar.

Moradia como Pilar da Recuperação

Diferente das abordagens anteriores, que priorizavam a internação compulsória ou a dispersão dos usuários, o “Recomeço Lar” aposta na estabilidade da moradia como um pilar fundamental para a recuperação. As repúblicas e apartamentos serão equipados e mobiliados, e os moradores receberão apoio psicológico, social e profissional, além de auxílio para regularização de documentos e acesso a serviços de saúde.

Impacto na Cracolândia e na Cidade

Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, o objetivo é reduzir significativamente o número de pessoas em situação de rua e dependência química na Cracolândia, oferecendo uma alternativa real e sustentável à vida nas ruas. A expectativa é que, com a moradia e o apoio adequados, os usuários consigam romper o ciclo da dependência e se reintegrar à sociedade, diminuindo também os impactos negativos da Cracolândia na segurança e no comércio da região.

Especialistas em saúde pública e assistência social elogiaram a iniciativa, destacando a importância da moradia como um direito fundamental e como um fator determinante para o sucesso dos tratamentos de dependência química. No entanto, ressaltam a necessidade de um acompanhamento contínuo e de longo prazo, além da ampliação do programa para atender à crescente demanda por serviços de apoio a usuários de drogas em São Paulo.

Desafios e Perspectivas

O sucesso do “Recomeço Lar” dependerá da adesão dos usuários, da qualidade do acompanhamento oferecido e da capacidade da Prefeitura de ampliar o número de vagas e de recursos destinados ao programa. A iniciativa enfrenta o desafio de superar a desconfiança dos usuários em relação aos serviços públicos e de garantir a sua permanência nas moradias, oferecendo um ambiente acolhedor e seguro.

  • Investimento: R$ 5 milhões iniciais.
  • Público-alvo: Usuários de crack em situação de rua na Cracolândia.
  • Meta: Reduzir o fluxo na Cracolândia e promover a reintegração social.
São Paulo

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