Taxa de desocupação cai para 7,9%, menor nível desde 2014

A taxa de desocupação no Brasil atingiu 7,9% no trimestre encerrado em julho de 2025, o menor nível desde dezembro de 2014, quando registrou 6,9%. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (8,5%) e de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2024 (8,8%).

A população desocupada, estimada em 8,6 milhões de pessoas, recuou 6,5% frente ao trimestre anterior e 10,2% em relação a julho de 2024. Já a população ocupada alcançou o recorde de 100,8 milhões, com um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 2,5% na comparação anual.

Serviços impulsionam, informalidade preocupa

O setor de serviços foi o principal responsável pela criação de novas vagas, com destaque para atividades administrativas e serviços complementares. A agropecuária também apresentou crescimento significativo na ocupação. No entanto, especialistas alertam para o aumento da informalidade no mercado de trabalho. O número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado atingiu 13,5 milhões, o maior patamar da série histórica iniciada em 2012.

“A queda do desemprego é uma notícia positiva, mas é preciso analisar a qualidade dos empregos gerados. O aumento da informalidade e a precarização das condições de trabalho são desafios importantes a serem enfrentados”, afirma a economista Ana Paula Barbosa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O rendimento médio real habitual também apresentou leve alta, atingindo R$ 3.147. No entanto, o poder de compra da população ainda é afetado pela inflação, que, apesar de mostrar sinais de arrefecimento, continua pressionando os orçamentos familiares.

  • Destaque: Menor taxa de desocupação desde 2014.
  • Alerta: Aumento da informalidade e precarização do trabalho.
  • Setores: Serviços e agropecuária puxam a criação de vagas.
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