RS: Força-Tarefa Combate Abigeato com Monitoramento Aéreo

Porto Alegre, RS – Uma força-tarefa inédita da Brigada Militar e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul intensificou o combate ao abigeato, o furto de gado, através do uso de monitoramento aéreo e tecnologia de ponta. A operação, que se concentra nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, áreas com alta concentração de rebanhos, utiliza drones equipados com câmeras térmicas e helicópteros para rastrear atividades suspeitas e identificar possíveis rotas de fuga dos criminosos.

Ação Surpreende Abigeatários

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a iniciativa já resultou na prisão de 35 pessoas e na recuperação de mais de 500 cabeças de gado nas últimas semanas. A estratégia consiste em sobrevoos regulares, especialmente durante a noite e madrugada, horários de maior incidência dos crimes. As imagens captadas são analisadas em tempo real por equipes em solo, que acionam as viaturas para realizar as abordagens.

Debate Sobre Privacidade e Eficácia

Apesar dos resultados positivos, a operação tem gerado debate sobre os limites da vigilância e o respeito à privacidade dos proprietários rurais. Alguns críticos argumentam que o monitoramento constante pode intimidar atividades legítimas e gerar desconfiança na população. “É importante equilibrar a necessidade de combater o crime com a garantia dos direitos individuais. Precisamos de regras claras para o uso dessas tecnologias”, afirma o advogado especialista em direito digital, Rafael Silveira.

Por outro lado, entidades representativas do setor agropecuário defendem a iniciativa como essencial para proteger o patrimônio dos produtores. “O abigeato causa prejuízos enormes e desestimula o investimento na atividade. Essa ação da polícia é fundamental para garantir a segurança no campo”, declara o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), Gedeão Pereira.

Próximos Passos da Operação

A Secretaria da Segurança Pública informou que pretende ampliar a área de atuação da força-tarefa para outras regiões do estado e investir em novas tecnologias, como sistemas de reconhecimento facial e análise de dados, para aprimorar a identificação e o rastreamento dos criminosos. O objetivo é reduzir drasticamente os índices de abigeato no Rio Grande do Sul e garantir a segurança dos produtores rurais.

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