SP: PM Implementa Câmeras Corporais com Reconhecimento Facial
SÃO PAULO – A Polícia Militar de São Paulo (PMESP) iniciou a implementação de câmeras corporais (bodycams) equipadas com tecnologia de reconhecimento facial em suas operações. O projeto piloto, que começou em algumas unidades da capital, será expandido para outras regiões do estado nos próximos meses. O objetivo, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), é aumentar a eficiência no combate ao crime e reduzir o número de abordagens consideradas abusivas.
Como Funciona o Reconhecimento Facial?
As câmeras, acopladas aos uniformes dos policiais, gravam continuamente as ações durante o serviço. O sistema de reconhecimento facial compara as imagens capturadas com um banco de dados de procurados pela Justiça e pessoas com mandados de prisão em aberto. Caso haja uma correspondência, um alerta é emitido para a central de operações e para o policial, que pode então realizar a abordagem com mais informações.
Impacto na Segurança Pública
A SSP afirma que a tecnologia já apresentou resultados promissores na fase de testes. Houve aumento na identificação de criminosos e na recuperação de veículos roubados. Além disso, a presença das câmeras tem um efeito dissuasório, tanto para os policiais quanto para os cidadãos, contribuindo para um ambiente mais seguro e transparente.
Debate Sobre Privacidade
A implementação da tecnologia não está isenta de críticas. Organizações de direitos humanos e especialistas em segurança digital alertam para os riscos de violação de privacidade e discriminação racial. A preocupação é que o sistema possa ser usado para monitorar indevidamente a população e gerar falsos positivos, levando a abordagens injustas e abusivas.
A SSP garante que a tecnologia será utilizada de forma responsável e transparente, respeitando os direitos dos cidadãos. Serão criados mecanismos de controle e auditoria para evitar abusos e garantir a proteção dos dados coletados.
Próximos Passos
A expansão do projeto prevê a instalação de câmeras com reconhecimento facial em todas as unidades da PMESP até o final de 2026. A SSP também planeja integrar o sistema com outras bases de dados, como o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas e o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP).
- Aumento da eficiência no combate ao crime
- Redução de abordagens abusivas
- Monitoramento contínuo das operações policiais
- Riscos de violação de privacidade
- Necessidade de transparência e controle

